quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Anjo Sonoro

Sou anjo sonoro,
Que vaga discreto por ruas vazias sem medo do nada.

Caminho sobre a luz,
Varado, sofrido, calado, com lembranças da infância na cidade perdida.

Busco no paraíso a palavra exata,
Dentro do juízo a verdade que nunca será absoluta.

Recorro ao improviso,
O silêncio, a palavra cantada, os berros aflitos de quem ainda não sabe nada.

Mergulho nas águas mornas em busca de um sinal.

No encontro das auras coloridas quem sabe estará lá o amigo ideal,
Revestido de pele clara, passos apressados, olhos abertos ao novo, alma nascente em busca da reflexão.

Serei eu meu amigo mais raro? Espelho côncavo ao encontro da cidade não mais perdida.

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